terça-feira, 5 de outubro de 2010

As urnas ainda deixam dúvidas

A votação estrondosa de Tião Miranda para deputado estadual revela a vontade do povo em vê-lo de volta na prefeitura de Marabá? Sim ou não?

Para muitos, isso é óbvio. Mas será mesmo?

Se é assim, então porque a candidata Irismar Sampaio, apoiada pelo atual prefeito Maurino Magalhães, teve tantos votos também? Se Maurino é tão rejeitado como dizem, então por que sua candidata foi tão bem nas urnas?

Então tudo leva a crer que existem elementos motivadores por trás de cada voto que vão além da antipatia ou simpatia por determinados políticos.

Todos nós sabemos muito bem que elementos são esses. São aqueles que sustentam a vida medíocre dos analfabetos políticos, que não são os principais culpados por serem assim.

Ou seja, como diria o poeta Belchior, “apesar de termos feito tudo que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”.

Mas outro poeta (Zé Geraldo) tem mais esperança: “Nós viemos juntos de outras eras, semeando primaveras, que não tardam florescer”.

Dentro de dois anos, teremos novas eleições e aí então vamos ver o que, de fato, motiva o povo.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Apesar dos lucros, Vale deve R$ 400 milhões para município

A Prefeitura da Parauapebas (PA) inscreveu a Vale no CADIN - Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal, por não ter quitado uma dívida de aproximadamente R$ 400 milhões com o município. A inscrição no CADIN impede a Vale de obter financiamentos e participar de licitações públicas.

Se analisada a movimentação financeira da Vale, a inadimplência se torna injustificável. Num período de apenas dois anos, a mineradora obteve financiamentos de cerca de R$ 8 bilhões do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No primeiro semestre de 2010, a empresa já lucrou R$ 6,6 bilhões.

A Vale é a maior exportadora de minério de ferro do mundo. Está presente em 30 países, onde há inúmeras denúncias a acusam de violação dos direitos humanos. No Pará, ela é acusada de interferência nas decisões políticas e conômicas dos municípios que abrigam reservas minerais.

No estado do Espírito Santo, uma siderúrgica da Vale deve à população mais de R$ 8 milhões. A dívida é referente à resistência em compensar os impactos ambientais provocados pela extração anual de 40 milhões de toneladas de minério no estado. (Rádio Agência NP)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

As prioridades da prefeitura

Para mim, foi um desastre total a declaração do vice-prefeito de Marabá, Nagilson Amoury, a um jornal da cidade, de que a prefeitura tem “outras prioridades”, por isso não acha interessante investir na indenização de uma área de ocupação urbana em Marabá, onde vivem duas mil famílias.

Ora, afora a saúde e a segurança, a habitação talvez seja o problema mais grave de Marabá hoje. Mas, mesmo assim, isso não é prioridade para a prefeitura. Então o que seria prioridade?

Sim, porque a saúde também não, caso contrário não faltariam até luva e fios de sutura para os funcionários dos hospitais e postos de saúde.

A segurança também me parece não ser prioridade. Do contrário a prefeitura não deixaria as ruas da cidade escuras, contribuindo para ação de marginais, mesmo recebendo religiosamente o dinheiro da taxa de iluminação pública.

A infraestrutura das periferias, pelo que se vê, também não entrou na escala de prioridades da prefeitura. Fosse assim não conviveríamos com tanta poeira no verão e tanta lama no inverno.

Só mora num lugar sem rede de esgoto, sem energia estável, sem água tratada, nem coleta de lixo, quem não tem outra opção.

Só mora num lugar assim quem não quer morrer de fome para pagar aluguel.

Então se isso não sensibiliza a prefeitura; se essa situação não faz da habitação uma prioridade, cabe à administração municipal dizer a nós os que pagamos os impostos, quais são suas prioridades então.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Eu desisto

Pois é. Não aconteceu a audiência pública durante a qual a Câmara Municipal pretendia levar um pouco de luz à escuridão que permeia a Secretaria Municipal mais importante de Marabá.
Ao invés de pessoas que pudessem dizer o que, de fato, acontece na Secretaria de Educação, apenas um ofício chegou às mãos dos vereadores pedindo mais tempo para prepararem a documentação.
Mais tempo! Além de brincar com a paciência e com o dinheiro do contribuinte e do trabalhador, os manda-chuva da Semed desrespeitaram o Regimento Interno da Câmara Municipal, numa clara demonstração de que têm as costas quentes.
Pior de tudo é ouvir o discurso dos vereadores, dizendo-se preocupados com toda essa situação e saber que a maioria deles está apenas falando o que o povo quer ouvir, porque na hora da prática, nossa Câmara Municipal tem feito muito pouco em favor da população, salvo raras exceções que servem apenas para confirmar a regra.
Enquanto isso, "dança o povo negro, dança o povo índio, sobre as rosas mortas de aipim".

Câmara quer passar educação municipal a limpo

Daqui a pouquinho, às 10 horas da manhã, acontece audiência pública na Câmara Municipal para debater a situação da educação em Marabá.
Vai estar todo mundo lá. Essa eu quero ver.
Falando nisso, já estou indo.
Fui!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Mais demissões e escolas sem aula

Acabo de receber informação de que houve nova onda de demissão de contratados na rede pública municipal e isso acabou prejudicando as aulas em algumas escolas.
Teve contratado novo que faltou logo no primeiro dia e outros que voltaram da porta da escola por causa do clima pesado no local.
Com isso, muitos estudantes ficaram sem aula.
Amanhã, a Câmara Municipal promove uma audiência pública sobre o assunto. O clima promete ser quente.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

“Intriga da oposição”

“Intriga da oposição”. Nunca mais eu tinha ouvido essa expressão, mas ontem num telefonema inusitado do prefeito Maurino Magalhães ele desatou essa pérola que jazia empoeirada nas prateleiras do mundo político.

Será que é mesmo intriga da oposição o fato de que alguns servidores grevistas tiveram os salários simplesmente decapitados?

Será que é mesmo intriga da oposição as cópias de cheque de empresários de Parauapebas que sustentam a existência de Caixa 2 na campanha eleitoral de 2008, que desastrosamente empurrou Marabá para o picadeiro de quinta onde se encontra hoje?

Será que é mesmo intriga da oposição os quase 90 milhões de reais que a prefeitura começou a contrair de empréstimos desde que o homem da folha caída acostou-se no trono da municipalidade?

Afinal de contas, de que oposição o prefeito Maurino está falando?

A verdade ficou clara esta semana: na hora de comparecer às barras da Justiça para se explicar, Maurino adoeceu, mas teve súbita melhora para participar de um evento que reuniu mais de mil pessoas de baixa renda atendidas por um programa do governo federal, que vem sendo propagandeado como se fosse da prefeitura.

Mas não é a primeira vez que isso acontece, pois todos se lembram das propagandas oficiais na TV e no rádio, onde a prefeitura enumerava entre suas obras a duplicação da Transamazônica (dinheiro federal) e a realização da Expoama e a construção de um shopping em Marabá. Essas duas últimas “obras” eu não vou nem comentar.